Yo Canto a La Diferencia (tradução)

Original


Violeta Parra

Compositor: Violeta Parra

Eu canto à mulher de Chillán se tenho que dizer algo,
E não toco o violão pra conseguir um aplauso,
Eu canto à diferença que há entre o certo e o falso,
Do contrário no canto

Vou falar a vocês em seguida de um caso muito alarmante
Atenção, auditório, que vai engolir o purgante,
Agora que celebramos o dezoito mais galante,
A bandeira é um calmante.

Eu passo o mês de setembro com o coração crescido,
De pena e sentimento, de ver meu povo afligido
O povo amando à pátria e tão mal correspondido,
O emblema por testemunha.

Em comando importante, juramento à bandeira,
Suas palavras me repicam, de tricolor as correntes,
Com oficiais armados em praças e alamedas,
E na frente das igrejas.

Os anjos da guarda vieram de outro planeta
Porque seu olhar fervia seu sangue de má festa
Profanos soam tambores, clarins e baionetas
Dolorosa a retreta.

Afirmo, senhor ministro, que morreu a verdade,
Hoje em dia se jura o falso por puro gosto, nada mais
Enganam o inocente sem nenhuma necessidade,
E viva a liberdade.

Aí passa o senhor vicário com sua palavra bendita
Vossa Santidade, poderia me ouvir um pouquinho?
As crianças andam com fome, a elas dão uma medalhinha,
O bem, uma bandeirinha.

Por isso, vossa senhoria, disse o sábio Salomão,
Há descontentamento no Céu, em ouro e concepção,
Já não floresce a flor copihue e não canta o beija flor,
centenário de dor.

Um rico cavalheiro, agudo como um punhal
Me olha com o olhar de um poderoso vulcão
E com relâmpagos de ouro, desliza seu Cadillac
Dança de ouro e liberdade!

De cima ilumina a lua, com tanta amarga verdade,
A casa da luisa, que espera maternidade,
Seus gritos chegam ao Céu, ninguém a vai escutar,
na festa nacional.

A luisa não tem casa, nem uma vela, nem uma fralda,
O bebê nasceu nas mãos de quem cantando está,
Por um rastro de sangue, amanhã o Cadillac,
Dança amarga nacional.

A data mais destacada, a bandeira vai inflamar,
a luisa não tem casa, parada militar,
E vai ao parque a luísa, aonde vai voltar
Dança triste nacional.

Eu sou a mulher de Chillán, senhores, pra cantar,
Se eu levanto meu grito, não é apenas por gritar,
Me perdoem, auditório, se ofender minha claridade.
Dança comprida militar.

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